Leitura reflexiva, simpática e, primordialmente, moderna.
Luiz Ruffato consegue trazer em seus cavalos grandes dilemas do sujeito pós-moderno, mesclando as mais diversas estratégias narrativas para costurar seu livro de contos e crônicas.
Assim o defino por conter capítulos que, na verdade, encerram em si mesmos, ou melhor, encerram-se na postura do leitor frente a esse mundo frenético e robusto que se descortina.
Ora, eis uma obra que consegue tirar seu fôlego com as crônicas cotidianas, fazer com que o leitor reflita nos contos cheios de personalidade e fazer com que o mesmo se reconheça em, pelo menos, um caso. É a presença daquele que lê na narrativa que constrói a singularidade desta e seu exercício contínuo de também criador, como outrora apontaram as teorias da recepção.
Além disso tudo, Ruffato imprime um caráter tão pessoal de escrita que se confunde com o partilhado social. É esse excesso de alternativas e de caminhos adotados que faz do seu livro uma pressuposição para se entender eficazmente a arte contemporânea.
3 comentários:
Depois de séculos, comecei a ler o livro...Vamos ver o que será! quando acabar, volto e faço um comentário decente...rsrs
Ruffato traça uma visão contemporânea do que hoje chamamos de metrópole. Uma grande cidade serviu de pano de fundo para narrativas universais, se pensarmos em um "universo brasileiro". O leitor é levado a viver dentro do livro um infinito de personagens e tipos comuns, sem o poder de heróis ou os solilóquios existencialistas de uma GH, mas são igualmente complexos por serem "N" personagens tão destoados e únicos, mas que em certo momento, pelo menos em uma mera característica, são comuns a todo o povo urbano.
Demorei a postar nesse blog...rs...nem sei pq...
Esse livro do Ruffato é o próximo da lista, ou seja, ainda não li, portanto, nem posso comentá-lo. Mas diante de tais comentários, já vi que não posso protelar mais essa leitura...
Depois eu volto para deixar minha humilde opinião.
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